quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Quanto custa?

Quanto custa partilhar..
oferecer o sentimento…
esquecer o egoísmo…
tirar esse desalento..
sem oportunismo…

quanto fica ser verdadeiro…
respirar a própria alma…
não mais se sentir prisioneiro…
pois nada no interior se acalma…

daria tudo para algo deslumbrar
conhecer a ínfima razão…
de nada conseguir enxergar…
de alegrar este coração…

que se perde quando nada se tem?
que se esquece quando se reflete?
perdido na memoria,preso na recordação…
o esquecimento do que se produz em volta…
no vazio da eterna velha maldição…

que pensas?quando me falas…
exprimes tudo que está em ti?
não sei,presumo que algo falha…
não vai ao encontro assim…

esquecer,esquecido,esquece…
no entanto….
esperar,esperei,espera…

nostálgico ar que se respira…
profundo amorfo ar esquecido…
pestilento que retornas há vida….
voltas a ti desalentado,perdido…

adormecido na própria raiva…
de a nada mesmo alcançar..
a figura que se afirma a nada…
poderá saber olhar, julgar…?

remete-te a ti,ao teu silencio…
melhor prova sim,triste desalento….
no cérebro a dormência..
a de um dia poder ter existido…

tudo se pode alcançar no espaço…
a liberdade de tudo se poder sonhar…
sou nada,apenas respiro…
nada sei,nada quero,nada sinto…
que sou?
porque estou aqui?
para onde vou?
porque será sempre assim?
castigo,dói tanto respirar...
bem no fundo do peito….
não vale a pena querer esquecer..
querer deixar de pensar…
pois mais ainda irá crescer…
mais no ser tristeza mostrar…
reconhece o limite..
o impossivel de controlar…
em tanto que existe…
aprende a amar…
pois isto não pode ser castigo..
deixa de torturar...
moer a alma…
deixa de procurar…
está tudo aqui….
a resposta que tudo acalma…

quero olhar-te…
respirar o sabor do teu arrepio…
abraçar-te minha doce alma…
sinto em mim um grande vazio…
só sei magoar…
não sei o que é amor..
mas sei o que é de alguém gostar…
tu és a vida tens o meu sabo…
porque me dói o coração’?...
não sai de mim esta tristeza…
a minha falta de afecto…
ao olhar-te doce beleza…
doce encanto da alma..
olhei em ti a certeza..
tudo em ti me acalma…
mas percebi…
mais uma vez desiludi…
um erro a minha existência…

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